segunda-feira, 22 de setembro de 2008

flush;


"há vários milhões de anos, o país que hoje se chama espanha agitava-se na indócil efervecência da criação. eras transcorreram; a vegetação apareceu; onde há vegetação, a lei da natureza decreta que devam existir coelhos; e onde existam coelhos, a providência divina ordena que existam cães. não há nada nesta afirmação que suscite questionamentos ou comentários. mas as dúvidas e as dificuldades surgem ao nos perguntarmos por que o cão que capturou o coelho foi chamado de spaniel. alguns historiadores dizem que, quando os cartagineses aportaram na espanha, os soldados rasos gritavam em uníssono: "span! span!" - já que os coelhos disparavam como flechas do interior de todas as moitas e arbustos - os coelhos davam vida àquela terra. e span, na línga dos cartagineses, significa coelho. assim a terra foi batizada de hispania, ou seja, "coelhândia". e os cães, que vinham sempre no encalço dos coelhos, foram apelidados de spaniels, ou "cães-coelheiros"."

é um livro apaixonante.
de quebra tu se apaixona pela virginia também.

acaba pensando nela como uma mulher muito espirituosa pra tê-lo escrito.
e é, deve ser bem isso, uma mulher talentosíssima e espirituosa, marco pra toda uma 'classe' - as mulheres na literatura.
importante ler outros livros da virginia, e ver como ela passeia entre assuntos de estado de espirito completamente diferentes.

se foi num suicídio precocemente, em 1941, e deixou uma sensação de que nos privou de ótimos ex-futuros clássicos.

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