segunda-feira, 30 de maio de 2005

Bah. bah bah! a Setlist do Paraíba!
Precisa dizer que Fresno é foda?! Precisa dizer que eu escuto mais ou menos isso também?!

Eu surto! Só sei que 18/06 D.O.D. em Vitória.

Fastball - “Out of My Head” - All Pain the Money Can Buy

“Essa foi a primeira banda que eu passei a ouvir sem nenhuma influência externa, e também foi a primeira banda que eu pude dizer que era fã. Sei até hoje todo esse disco de cor. É uma mistura de pop com folk rock que fez algum sucesso nos EUA com o single ‘The Way’, mas que desapareceu logo em seguida. Grande Injustiça.”

Lagwagon - “May 16th” - Let’s Talk About Feelings

“Essa música foi a responsável por eu ter entrado de cabeça no hardcore. A Fresno ainda nem se chamava Fresno e através dessa música e dessa banda que eu passei a conhecer todas as outras. Sobre a composição, eu não tenho muito a dizer. É uma das coisas mais lindas que eu já ouvi até hoje.”

The Get Up Kids - “Red Letter Day” - Something to Write Home About

“Eu não sou de ficar muito tempo escutando uma mesma banda. É muito raro eu escutar um CD inteiro de qualquer banda. Mas essa música ficou no repeat por uns bons meses. É uma daquelas músicas que o cara se pergunta: ‘mas como eles conseguiram?’. Esse é o único CD deles que eu escuto do início ao fim.

The Ataris - “My Hotel Year” - Blue Skies, Broken Hearts, Next 12 Exits...

“Eu conheci The Ataris na mesma época que conheci Lagwagon. Gostava bastante de ‘San Dimas...’, mas foi só quando eu escutei ‘My Hotel Year’ que a casa caiu. Foi quando eu me liguei que podia fazer hardcore, mas sem ficar me prendendo às mesmas batidas e viradas. Essa música é uma aula de como soar diferente num mar de bandas iguais.”

Nofx - “The Desperation’s Gone” - So Long and Thanks For All The Shoes

“Esse é o tipo de música que eu fico me perguntando, ‘’mas como eles conseguiram fazer isso?’. A letra, em conjunto com a melodia, são realmente muito comoventes. Pra mim o Nofx é uma das pouquíssimas bandas que realmente importam no hardcore melódico, que é um estilo onde existem muitas bandas e um número maior ainda de imitações dessas bandas. Eu poderia citar várias outras do Nofx, mas é justamente essa que simboliza tudo que eu gosto neles.”

Mineral – “Gloria” – The Power of Failing

“Hoje em dia as pessoas rotulam qualquer coisa de emo, deturparam bastante o sentido da palavra, dando a ela acepções que não fazem o menor sentido. No entanto, pra mim, nenhuma banda se encaixa nesse estilo melhor que Mineral. O Mineral foi um divisor de águas pra mim, e essa música mostra, em um registro tosco de pouco mais de 3 minutos que emo não é o que estão dizendo por aí. Tem que ter aquela coisa inexplicável que eles sempre conseguem colocar em todas as músicas. Ou melhor, conseguiam.”

Dashboard Confessional - “The Brilliant Dance” - The Places You Have Come to Fear The Most

“Quando eu achava que pra empolgar a música precisava ser pesada e rápida, veio um cara chamado Chris Carraba e com apenas um violão me provou que eu estava enganado. Desde a primeira vez que ouvi aqueles acordes, aquela voz e prestei atenção nas letras, comecei a pensar nas músicas de forma diferente. A gente pode, sim, emocionar alguém e empolgar uma platéia com qualquer tipo de música, bastando para isso que seja feita com alma. E esse disco inteiro é feito com muita alma.”

Tom Waits - “Take it With Me” - Mule Variations

“Tá aí um cara foda. Conheci através de um amigo que me apresentou essa música, que fez com que eu me interessasse pelo piano. A voz do cara é inacreditável e as letras são de chorar no cantinho.”

Mogwai - “2 Rights Make 1 Wrong” - Rock Action

“Essa banda me trouxe pro mundo da música instrumental, que até então eu ignorava solenemente. Perfeita para meditar naqueles poucos minutos em que não estamos dormindo, mas também não estamos totalmente despertos. Mestres.”

Dead Fish – “Sonho Médio” - Sonho Médio

“Aí eu comecei a me ligar que tinha gente fazendo hardcore no Brasil, e com muita propriedade. Essa música diz tudo que todas as bandas ‘de protesto’ sempre tentaram dizer e nunca conseguiram.

Los Hermanos - “Sentimental” - Bloco do Eu Sozinho

“Sim, eu também tinha esquecido deles. E o Bloco do Eu Sozinho foi um tapa na cara. Nunca tinha ouvido nada parecido com aquilo. A letra dessa música é impressionante. O arranjo é perfeito e só é superado pela sua execução ao vivo. Viciei nesse CD por boa parte do ano de 2002.”

Noção de Nada - “Diário” - Trajes e Comportamentos de Acordo Com os Eventos e as Ocasiões

“Não só essa música, como todo esse CD e todo o trabalho do Noção é uma das coisas que mais me influenciaram no meu modo de compor e me expressar. Admiro muito a sensibilidade e a profundidade com que os temas são tratados por Bil e companhia.”

At The Drive-in - “One-Armed Scissor” - Relationship of Command

“Escutei uma vez, detestei. Escutei de novo, detestei. Aí fui ouvir um ano depois e percebi que na época eu não estava preparado para ouvir uma das bandas inovadoras que surgiram nessa safra do emo-indie-core do final dos anos 90. “

Sparta - “Collapse” - Wiretap Scars

“Aí o At The Drive-in acabou. Dessa ruptura surgiram duas bandas igualmente geniais e por motivos totalmente diversos. O Sparta é das duas a com que eu mais me identifiquei. Uma pena que tenham sido ofuscados pelo Mars Volta. A voz de Jim Ward parece ter força infinita. E o batera é o que se pode chamar de animal.”

Copeland - “Testing the Strong Ones” - Beneath Medicine Tree

“Essa banda eu conheci no meio do ano passado, totalmente sem querer. Fiquei hipnotizado de tal forma com os seis minutos de duração dessa música que repensei tudo que eu já havia escrito até então. A produção - impecável - somada à voz e aos arranjos minimalistas dão arrepios até hoje, mesmo depois de tê-la escutado centenas de vezes.”

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